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Os eurodeputados portugueses José Manuel Fernandes (PSD) e Maria João Rodrigues (PS) consideraram hoje de “inaceitáveis” os cortes na Política de Coesão previstos no orçamento da União Europeia (UE) para 2021-2027.
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Maria João Rodrigues (PS), numa intervenção em inglês, tinha defendido que a UE não pode adotar “um orçamento para o futuro no qual a coesão e a convergência sofram cortes”.
“Isso é simplesmente inaceitável. Temos de ter em conta a situação em que vivemos. Obviamente, temos de responder aos novos desafios, mas precisamos de manter um orçamento que reduza as desigualdades sociais e mantenha as oportunidades para investir no futuro”, vincou a eurodeputada socialista, que é membro da Comissão de Emprego e Assuntos Sociais do PE.
Presente no debate, em representação da Comissão Europeia, o comissário responsável pela pasta do Orçamento, Gunther Oettinger, argumentou que os cortes se devem ao bom uso dos fundos de coesão por parte dos países afetados.
“Recebem menos dinheiro porque são mais competitivos, e países que, nos últimos anos, estagnaram, como a Itália, recebem mais dinheiro porque, neste momento, estão mais débeis. Continua a primar o princípio da solidariedade. A política de Coesão demonstrou o quão importante é para a UE”, disse o comissário europeu diante dos eurodeputados. ´
De acordo com a notícia do El País, Portugal vai receber 21,2 mil milhões de euros ao abrigo da Política de Coesão no próximo orçamento da UE, o que representa uma redução de 7% em relação aos 22,8 mil milhões do quadro financeiro plurianual atualmente em vigor.
Cerca de 80% dos fundos comunitários que Portugal recebe são ao abrigo de vários programas da Política de Coesão.