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Maria João Rodrigues deixou desafio de avançar com orçamento próprio para a zona euro “que garanta que os serviços sociais não são sacrificados em nome da união monetária”. PS prepara eleições europeias em encontro em Gaia.
A eurodeputada socialista Maria João Rodrigues deixou este sábado de manhã o desafio de avançar com um orçamento próprio para a zona euro “que garanta que os serviços sociais não são sacrificados em nome da união monetária”.
Falando em Gaia, numa conferência do Partido Socialista Europeu (PES, na sigla inglesa), sobre “O Pilar Europeu dos Direitos Sociais e os desafios do futuro do trabalho”, que antecede a Convenção Rumo às Europeias desta tarde, Maria João Rodrigues defendeu que o orçamento nacional é curto para resolver a pobreza e para ajudar a criar emprego. “Temos de dizer bem alto aos nossos parceiros de que se querem uma Europa dos cidadãos, então são precisos meios para investir em políticas sociais. Isso tem de se traduzir num novo orçamento comunitário, num novo fundo social, em meios nos orçamentos nacionais para o investimento, mas, também, na criação de algo que ainda não existe na Europa: um orçamento para a zona euro“, defendeu.
Num painel em que também falaram o ministro Vieira da Silva e o secretário-geral do PES, Yonnec Polet, a deputada socialista ao Parlamento Europeu sublinhou a vitória que foi a instauração de um pilar social na Europa. “Foi aqui em Portugal que dissemos alto, que construímos uma alternativa e que a traduzimos para o plano europeu”, sublinhou.
Já à entrada para o debate, falando aos jornalistas, tinha insistido na importância da aprovação deste pilar. “Acabamos de ter uma grande vitória para instaurar um pilar social na Europa, conseguimos traduzir isso em novas leis para a melhoria das condições de trabalho e estamos a alterar a política económico-social. Isto é um trabalho em toda a Europa”, apontou.
É o seu cartão-de-visita para continuar na lista socialista para as eleições europeias de 26 de maio. Sublinhando que a decisão de integrar essa lista “compete aos órgãos próprios do PS”, Maria João Rodrigues recusou pronunciar-se “sobre isso”: “Respeito esses órgãos, mas tenho confiança no trabalho que tenho conduzido com centenas de colaboradores”, apontou.
O PS conhece o seu trabalho, defendeu. E Vieira da Silva parece ter ouvido. Na sua intervenção inicial, o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social reforçou que foi “sob a liderança da Maria João Rodrigues” que se avançou com o “pilar europeu”.