Debate do Estado da União na sessão plenária do Parlamento Europeu

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, proferiu o seu último discurso sobre o Estado da União durante a sessão plenária do Parlamento Europeu de Setembro. Oito meses antes das próximas eleições europeias, que terão lugar em maio de 2019, os deputados do Parlamento Europeu fizeram o balanço do trabalho da comissão de Juncker e discutiram a forma como a UE deve enfrentar os desafios futuros

Bono, o cantor do grupo musical U2, escreveu alguns dias atrás: “A Europa é algo difícil de promover na Europa atualmente. Isto é verdade, embora nunca tenha havido um lugar melhor para nascer do que na Europa nos últimos 50 anos ”.

Mesmo que ainda haja muitas coisas que devemos melhorar, temos de defender e proteger o projecto da UE. Devemos ser firmes contra os movimentos nacionalistas, autoritários e de extrema direita. Eles estão a pôr em causa a democracia, o multiculturalismo europeu e a colocar em risco o que conseguimos, conquistas como Schengen ou o mercado interno!

A mensagem dos nacionalistas ao afirmar que é melhor voltar às soluções nacionais é um mensagem ilusória. Isso nunca vai funcionar. Não podemos enfrentar problemas globais com soluções nacionais. Se pudermos ouvir a voz européia, devemos nos afirmar não apenas como mercado, mas também como entidade política.

Qual a razão pela qual forças anti-européias estão a ganhar terreno em vários países europeus? Anos de austeridade, anos de bloqueio por aqueles que defendiam o status quo – aqueles que achavam que tudo ia ficar bem somente dando pequenos passos.

Status quo já não é opçao. A alternativa à extrema direita não é manter as coisas como estão. Temos de compreender que muitos cidadãos têm perdido as suas ligações com o projeto da UE. Precisamos oferecer uma alternativa real não só para a extrema direita, mas também para o status quo.

Eu disse no ano passado e repito: não há mais tempo para pequenos passos. Esta é a nossa última oportunidade. Temos de ser corajosos e implementar de uma vez por todas as reformas que estão em cima da mesa há anos. Nós não precisamos inventar a roda, as soluções já estão lá. Nós só precisamos da vontade política para implementá-los.

Os conservadores têm vindo a bloquear a reforma da zona do euro durante anos e continuamos numa zona economica e monetária incompleta. Nós não podemos mais atrasar isso. Precisamos de uma zona do euro onde possamos investir no futuro! Não podemos mais ser a única União Monetária do mundo sem capacidade fiscal!

Os compromissos do Pilar Europeu dos Direitos Sociais devem ser respeitados. Para isso, o Pilar Social deve ser traduzido no orçamento comunitário.

Temos de nos assegurar que a revolução digital respeita o nosso modo de vida europeu em termos de direitos laborais, valores democráticos …Um pequeno número de grandes empresas está a moldá-lo, a Europa deve assumir a liderança da revolução digital.

Precisamos de um novo contraro europeu para proteger o nosso modo europeu de vida.

 

 

 

Transcrição do discurso durante o debate no Parlamento Europeu:

O presidente da CE acaba de nos apresentar uma adenga voltada para o futuro e uma agenda apresentada por um verdadeiro politico europeu. É de facto verdade que a hora da soberania europeia chegou. E chegou na frente da resposta a mudança climática, a revolução digital, ao comercio, há necessidade de gerir as migrações de uma outra maneira.

Mas porque que está agenda não avança? Esta agenda não avança porque temos forças do passado a argumentar que é melhor proteger os cidadãos por detrás das fronteiras nacionais. Isto é uma completa ilusão! Porque não é hoje possível, conseguir proteger os cidadãos com politicas nacionais. É preciso soluções a escala Europeia.

Mas a verdadeira razão pela qual esta agenda não avança é que temos forças do status-quo, conservadoras, que resistem soluções de escala europeia sejam realmente aplicadas. Pra essas forças do status quo, em matéria de migração chega apenas ter uma fronteira europeia organizada.

Mas  forças progressistas têm que vencer este bloqueio por de facto não chega! É preciso uma verdadeira parceria com africa, é preciso ter um sistema de asilo europeu , e é preciso estar a altura quando recebemos aqui refugiados  e temos que lhes dar proteção.

As forças do status quo, acham que é positivo termos tido uma retoma do emprego na europa e do investimento. Mas as forças progressistas querem mais porque nós precisamos de um investimento em muito maior escala para conduzir a transição energética e para conduzir a revolução digital num bom sentido. Ora qui, temos um enorme bloqueio que tem a ver com a reforma da zona euro. O Sr Weber dá-se por satisfeito no ponto em que ncontamos mas de facto não é possível porque esta zona euro continua a produzir divergências em quanto não tiver uma capacidade orçamental a funcionar. Forças conservadoras acham que é suficiente ter emprego, não chega!  A qualidade dos empregos têm que contar com o verdadeiro Pilar Social que garanta um contrato de trabalho e proteção social para todos os cidadãos da europa em qualquer região que se encontram.

Portanto este bloqueio só pode ser vencido no momento em que as forças progressistas conseguirem ultrapassar  as forças do status quo que têm travado as verdadeiras soluções europeias.