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A Itália era dos países mais pró-europeus, agora duvida-se do seu futuro na UE. Há que transformar a zona euro num espaço de prosperidade económica e social – para isso, é preciso convencer a Alemanha, diz Maria João Rodrigues.

O “dilema impossível” em que se encontra a Itália é, para a eurodeputada Maria João Rodrigues, vice-presidente do grupo dos Socialistas e Sociais-Democratas no Parlamento Europeu, o momento da verdade para os líderes europeus e, principalmente, para a chanceler alemã, Angela Merkel. A urgência de avançar com uma reforma da zona euro, como defendem o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, nunca foi tão evidente, sustenta. Sem ela, é o próprio futuro do projecto europeu que fica em causa, alerta.

Como avalia a situação de crise e instabilidade em Itália, e a solução política encontrada pelo Presidente Sérgio Mattarella em nome da manutenção do país na zona euro?
A Itália entrou numa grande encruzilhada da sua história que é saber se permanece na União Europeia como o Estado-membro fundador e a grande economia que é, ou se começa a considerar outras hipóteses. E há quem diga que os partidos que ganharam a maioria nas eleições [de Março] têm uma estratégia — não explícita mas implícita — para empurrar a Itália para a segunda escolha.

Mas esta crise que se está a viver em Itália não é só uma crise da Itália. É uma crise da União Europeia como um todo. O dilema italiano surge porque a UE como um todo não tem conseguido construir soluções à altura das crises com as quais se foi deparando: a crise financeira que se transformou numa crise da zona euro; a crise iniciada com a entrada dos refugiados que depois se transformou numa crise mais alargada de imigração; e depois a decisão do Reino Unido de abandonar a UE.